Pareceu romântico nas primeiras vezes que ouvi. Então, com o passar dos anos, conforme ele foi ficando mais velho e me conhecendo melhor, isso se tornou um clichê comum.
Refiro-me à expressão “Meus vinhos são como meus filhos”, que os enólogos ainda pronunciam quando pedem para escolher qual de seus vinhos é o seu favorito. Geralmente é precedido por “Eu não posso”.
- A primeira vez que me lembro de ouvir a frase foi em 1978.
- Quando comecei a escrever sobre vinho.
- A fonte deste axioma.
- Que ele tinha certeza que tinha inventado.
- Foi Mike Grgich.
- Que tinha fundado Grgich Hills Cellar com hills bros.
- Herdeiro.
- Café Austin Hills um ano antes.
Grgich, um croata que tinha chegado aos Estados Unidos com pouco mais do que ambição para fazê-lo na América, tinha acabado de sair da agitação criada pela Degustação de Paris de 1976. Nesta encenação, o vinho californiano que roubou o show em Borgonha vs. Borgonha. Borgonha. O voo de Chardonnay foi o Castelo de Montelena de 1973 que ele tinha feito em Montelena.
Enfim, foi a primeira vez que ouvi o ditado e durante anos deixei pra lá, mas finalmente me cansei de ouvir e me tornei cínico porque parecia um policial enólogo.
Numa época em que os enólogos, que tinham produzido dezenas ou mesmo dezenas de vinhos, usavam, eu dizia: “Oh, vamos lá. Ninguém tem tantos filhos. “
Na época, eu tinha criado um casal e nunca, nunca conheci um vinho que se aproximasse da complexidade de uma criança.
Então, quando ouvi a frase outro dia, eu só podia sorrir, sabendo que é um clichê que funciona quando você é novo no vinho, até que você pense sobre isso.
Qual é o seu clichê de vinho favorito (ou menos preferido)?